sábado, 9 de junho de 2012

IRON MAN BRASIL 2012


IRON MAN BRASIL 2012




Olá pessoal,
No dia 27 de Maio último, realizei mais uma conquista, e por que não dizer, grande sonho em minha vida.
Após fazer um triathlon olímpico e um 70.3, resolvi encarar meu primeiro Iron Man, em meu terceiro ano de triathlon. A batalha foi árdua, afinal, para quem trabalha das 7:30 ás 18:30 todos os dias, arrumar um tempo para treinar se torna algo muito valioso.
Desde o mês de Fevereiro venho treinando, na medida do possível, visando cruzar o tão sonhado pórtico de chegada. Neste período, abdiquei de muitas coisas, visando me preparar da melhor maneira possível para encarar os 3800 metros de Natação, 180 km de Ciclismo e 42,2 km de Corrida que me separavam daquela cobiçada medalha.
Ao chegar em Florianópolis no dia 25, com muita chuva, assisti ao simpósio para conhecer os macetes da prova, afinal, como marinheiro de primeira viagem, toda dica era bem vinda.
No dia seguinte, resolvi passear por algumas praias próximas á Jurerê Internacional, para arejar um pouco a cabeça, mas ao sair na rua, dezenas de ciclistas testando suas bikes faziam com que minha apreensão e por que não dizer tensão, crescesse ainda mais.Já na parte da tarde, levei minha magrela ao check in e um som estranho no pé de vela, venho a me preocupar ainda mais, mas como não dava tempo pra mais nada, deixei a bike lá e seja o que Deus quisesse no dia seguinte, e para minha sorte ele quis muito para mim.Chegando o grande dia, acordei ás 4:00 da manhã e após o café, fomos até o local da transição, eu minha mãe e meu cunhado, que me ajudou bastante.Já no local, revisei meus equipamentos, e fui aguardando o tempo passar até a hora da largada.A tensão nos instantes que antecediam a largada existia, mas era menor do que eu esperava, afinal, eu tinha 17 horas para completar a prova.
Uns 20 minutos antes da largada, caí na água para um aquecimento, e posso dizer que a temperatura estava ótima.
Após isso, me aglomerei junto á 2200 atletas e exatamente ás 7:00 da manhã, uma sirene de navio deu inicio a grande batalha. Talvez a adrenalina do momento nem me fez pensar em nada, muito menos me emocionar, afinal eu sabia que minha prova começaria pra valer após a natação, pois meu rendimento na água sempre foi muito ruim.
Durante a natação, recebi socos, pontapés, um calcanhar em cheio na cara, capaz de tirar meu óculos, mas nada que me preocupasse.
Fechei a primeira "perna" da natação tranquilo, e na segunda, o pessoal já estava bem espalhado, assim sendo, o contato foi menor, salvo nas boias, onde a pancadaria continuava.
Um pouco cansado, saí do mar e quando olhei em meu relógio, não acreditei ao constatar que havia fechado a natação em 01:06:00, afinal, esperava fechar a mesma em 01:20:00 para cima. Tentei achar minha mãe no meio da multidão mas não consegui, só depois da prova fiquei sabendo que ela chorava ao me ver saindo do mar. Ainda caminhando rumo a primeira transição, ainda não acreditando no tempo da natação, até porque além de nadar mal como dito anteriormente, treinei apenas duas vezes por semana esta modalidade e ainda por cima em uma piscina de 18 metros, e talvez por isso dei uma olhadinha para o céu e disse para "ele": - Hoje é o meu dia!
Após uma transição lenta, saí com a bike e fui pedalando conforme os treinos, me hidratando e alimentando bem, mantendo uma média de 34.5 km/h, média esta que venho á baixar no momento em que começaram as subidas.
Por volta do km 120, as pernas já começaram a pedir água, mas consegui manter o mesmo ritmo, sendo que este venho á quebrar um pouco nas subidas.
Devido ao excesso de gatorade nos staffs, no km 135 estava morrendo de vontade de mijar, e minha bexiga parecia querer explodir, mas independente do perrengue, achei melhor continuar até o final da bike.
Já por volta do km 165 minhas pernas estava moídas, e cada quilometro parecia não passar nunca, o que chegava a preocupar um pouco, afinal eu não aquentava mais ficar em cima da bike.
No final, fechei a bike em 05:28:30, com uma média de 33km/h, tudo conforme os intermináveis longões de sábado.
Na transição da bike, quando desci da mesma, minhas pernas literalmente travaram de caibras. Lentamente estiquei as mesmas e fui caminhando vagarosamente para amenizar o prejuízo. Após uma transição tranquila, fui á um banheiro químico e acredito que fiquei uns 2 minutos urinando, e após isso senti uma sensação de alivio maravilhosa.
Mesmo quebrado, saí para correr tranquilo, pois sabia que chegara a hora de minha maior diversão, mas, com certeza, esta confiança me prejudicou bastante.
Corri os primeiros 5 quilômetros, fazendo 04:30 min/km e já no sexto quilometro as dores vieram de todos os lados.
Já estava bem desidratado, e não conseguia beber e muito menos comer nada, mas durante a corrida, foram 2 gels e pouquíssimos goles de água.

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Por volta do km 10 estava acabado, e continuei a prova praticamente trotando, afinal, não aguentava correr como de costume.
Ao chegar na famosa subida da igrejinha em canasvieiras não aguentei e quebrei, caminhando a subida toda, mas não me preocupei tanto, afinal todo mundo estava caminhando também.
Após a subida, continuei trotando, enquanto via muitos atletas em estado bastante ruim, caminhando pelo percurso.
Em certos instantes, ficava preocupado pelo ritmo lente, afinal, quando saí para correr, pus na cabeça em fechar a prova antes de 11 horas, o que seria um sonho para mim, mas em certo ponto da prova, pensei em simplesmente acabar, afinal, não estou lá para ganhar de ninguém, pois já tenho minha profissão e não dependo daquilo para nada, apenas para me divertir.
Sem me alimentar, as dores aumentavam cada vez mais, mas a cabeça dura de não desistir, me ajudava a seguir a batalha, lentamente mas sempre correndo.
por volta do km 25 meu cunhado Leandro apareceu, e mais a frente minha Mãe também, e o apoio moral que recebi, fez com que seguisse em frente.
No quilometro 38 percebi que conseguiria fechar a prova antes da 11 horas, mas a vontade de parar e caminhar era ainda maior, e por incrível que pareça, minha mãe apareceu novamente e começou a gritar: 
- Não pare de correr, você consegue acabar isso.
Não sei se encarei isso como um incentivo, ou como um sermão, então resolvi continuar para não levar uma dura depois.
No km 39 sabia que tinha uma gordurinha para queimar, e que mesmo assim fecharia a prova sub 11, e no momento em que ia andar um pouco, meu cunhado chegou ao meu lado de bike, e me incentivou incansavelmente para não parar. Não sei se gostei ou se achei ruim, afinal, meus planos de um descansinho rápido foram pelos ares.
No restante da prova, ele foi ao meu lado meu dando uma grande força e assim fomos até o fim.
Ao chegar ao pórtico, o mesmo indicava 10:46:58, e ao olhar aquele cronometro achava que ia chorar ou me emocionar, mas as dores e a fome não fizeram com que eu nem sequer comemorasse á altura.
Aquela sensação de dever cumprido, foi dividida com as dores e a fome, sendo que um médico da prova me enrolou em uma toalha e me levou para tomar soro na veia, mas eu disse á ele que queria comer pois não aguentava mais de tanta fome.
Após uma refeição caprichada: 02 sorvetes, 02 pedaços de pizza, 02 barras de cereal, 01 pedaço de bolo e 01 copo de coca cola, comecei a sentir um frio insuportável, mas fui salvo por uma enfermeira, que ao me ver se debatendo e tremendo os dentes, me enrolou em um cobertor.
Independente do perrengue, adorei completar a prova, principalmente por chegar na posição de 298, entre 2200 atletas.
Agradeço primeiramente á Deus, por tanta saúde, que venho recebendo á cada dia, e principalmente á Minha Mãe pelo apoio desde o dia em que nasci, minha noiva Daiane por estar ao meu lado sempre, meu irmão que independente de estar longe, setá horando por mim sempre, meu outro irmão e cunhado Leandro que me apoiou o tempo todo, meu treinador Felipe Guedes, meus parceiros de treino de bike Zé Luiz e Mário, a galera da natação de Itanhaém e a todas as outras pessoas que não lembro no momento também.
Agora, chega de triathlon, afinal não aguento mais os treinos tão repetitivos. Vou focar ás corridas em trilha e ao Mountaim Bike, minhas grandes paixões e á desafios ainda maiores, afinal se este foi possível, outros maiores também são.
Dizem que todas as alegrias em um Iron Man, se transformam em lágrimas nos Pirineus, será mesmo verdade??????
Abraço á todos os guerreiros que completaram o Iron Man Brasil, e á todos os atletas que á cada dia que passa se beneficia em todos os sentidos desta coisa tão maravilhosa que é o esporte.
Bons Treinos.
 

domingo, 15 de abril de 2012

MARATONA DE SANTIAGO - CHILE 2012




Olá Pessoal. Após algum tempo longe das provas, visando os treinamentos rumo ao meu primeiro Iron Man Brasil daqui á 45 dias em Florianópolis, encarei uma Maratona, não só para curtir o local, como todos sabem que estou acostumado fazer em minhas viagens, mas também como um treinão, afinal também terei de encarar 42 km no meu próximo desafio.
Desta vez, acompanhei meu cunhado, Leandro, que estava estreando na distância.
Após 3 conexões, chegamos em Santiago na madrugada de Sábado, bem acabados, e no saguão internacional do aeroporto local, vimos uma multidão gritando bastante, em certo momento cheguei até a pensar em assalto, arrastão, ou sei lá o que....mas rapidamente voltei á realidade e me dei conta que não estavamos mais no Brasil. O motivo de todo aquele alvorosso, era a banda Foo Fighters que estava chegando no País também para se apresentarem no evento Lollapallosa (será que é assim que se escreve esta jossa???). Como não sou fã da banda, e muito menos do Nirvana, nem dei muita atenção ao vocalista, mas não perdi a oportunidade de tirar uma foto com o baterista da banda, relembrando assim os velhos tempos de baterista dos Tommyknockers.

Chegamos no hotel por volta das 3 horas da madrugada, e após conversarmos um pouco fomos dormir. Na manhã seguinte já acordei ás 6 horas, enquanto minha noiva Daiane e meu cunhado Leandro, desfrutavam da 37. dimensão de seus sonhos. Para não perder tempo já saí na rua para dar umas voltas e encontrei uma vendinha, o qual entrei para comprar algumas frutas e pães para o café da manhã.

Como o Leandro já tinha pego o kit no dia anterior, afinal, ele viajou um dia antes, fomos até a bonita e organizada feira do evento novamente só para conhecer e bater algumas fotos, e após um belo almoço no mercado central de santiago em frente a Praça de Las Armas, seguimos rumo ao meu principal objetivo naquele país.


Estava muito afim de correr aquela Maratona, mas é evidente que eu queria explorar os cânions da maravilhosa Cordilheira dos Andes.
Durante o trajeto em uma van, saímos de Santiago que está á 530m acima do nível do mar, e subimos para 2900m até Vale Nevado, local que serve de abrigo á milhares de turistas que procurar a prática do Ski e Snowboarding.
Só o caminho até lá já vale a pena, pois a estrada é sinuosa, com intermináveis curvas fechadas e extremamente perigosas, fato este que rendeu um episódio no programa estradas mortais da National Geographic, sendo esta a 9. estrada mais perigosa do mundo.


Para se ter noção, tinha até um amigo que fizemos lá no Chile, que é Comandante de Avião e Helicóptero, e disse que nunca tinha passado tanto medo em sua vida.

Chegando ao topo, o silêncio daquele lugar inóspito nos fazia pensar em como o povo inca viveu por lá a séculos atrás.

Ao respirar aquele ar seco, agradeci á Deus por mais esta oportunidade, enquanto observava o voô dos Condores, aves que lá vivem e estão no topo da cadeia alimentar do local.

No dia seguinte, voltei a realidade e de madrugada fomos até a largada para encarar minha 7. maratona.
O tempo estava perfeito, e o percurso não era tão desafiador, com algumas subidas fortes, mas com descidas também.
Larguei bem, e segui em frente com o intuito de fazer a prova toda com um pace de 5min/km, para fechar em algo em torno de 03:30:00.
Conforme desejava, consegui manter o ritmo pretendido, mas no km 20 o calor começava a aumentar e o ar ficava cada vez mais seco, mas independente disto, continuei mantendo o ritmo até o km 32, onde as dores nas coxas, joelhos, panturrilhas, etc, apareceram como sempre em uma maratona.
Independente do perrengue, que se iniciava, consegui apertar um pouquinho mais e mantive um ritmo progressivo a partir daí, o que me levou a fechar a prova em 03:27:10.
Fiquei super satisfeito com o resultado, afinal foi um treino e tanto, o que me motiva mais para o Iron, é claro que lá terei que nadar e pedalar muito, mas deixa o que vai acontecer para que aconteça no dia 27/Maio.
No dia seguinte, conhecemos as cidades de Viña Del Mar, e Valparaíso, dois lugares extremos, onde a pobresa de Vina Del Mar faz divisa com a riqueza de Val Paraíso, mas estas diferenças perdem suas forças quando a mãe natureza resolve acordar, e nos amedrontar, afinal, as duas cidades são vítimas constantes dos terremotos e tsunamis que assombram o País eternamente.
Em Valparaíso, fomos até uma praia, e pude entrar no mar e ter o privilégio de molhar meus pés no oceando pacífico. Lá pude constatar o que todos dizem, a água é muito gelada e com cheiro muito forte, fruto das inúmeras colônias de algas e corais que lá vivem.
Continuo vivendo minha vida dia após dia, curtindo e explorando muito, conhecendo lugares maravilhosos ao lado da Daiane, fazendo boas amizades, e dando boas risadas.
Parabenizo o Leandro pela sua primeira Maratona. Valeu brother, espero estar ao seu lado na sua centésima, e espero que tenha curtido este novo desafio.
Quero agradecer á Daiane pelo arroz que fez após a maratona, estava tão faminto que aqueles dois pratos fundos que comi, mais pareciam o everest do que o topo da cordilheira dos andes.
Um abraço para todos os brasileiros que conhecemos na corrida, além do casal do Rio de janeiro em Valparaíso, do Chileno dono da Apart, torcedor doente da Universidade do Chile, e todos que não lembro agora...além é claro do garçom chileno do restaurante, que ao falar que era corintiano, ele simplesmente disse que ninguem era perfeito.
Valeu pessoal.
FAÇAM O BEM UNS AOS OUTROS.

sexta-feira, 23 de março de 2012

SAUDADES DA ESTRADA




Olá pessoal, como estou somente treinando para o Iron Man Brasil, sem participar de provas, não postei mais no blog como de costume.


Após sofrer um pequeno acidente em um treino esta semana, ao cair da bike depois de bater em um obstáculo na pista á 40 km/h e me ralar bastante, fiquei desanimado ao tentar nadar e perceber que está impossível, devido ás dores musculares, fruto da queda.


A dura rotina de treinos, visando o Iron Man, por si só já vem desgastando bastante, talvez a parte emocional ainda mais que a parte física, afinal, são poucas horas de sono, várias madrugadas acordando para ir treinar, e finais de semana quase sem proveito na vida social.


Em plena semana de treinos completamente específicos, a chateação bateu pesado em minha porta, principalmente ao olhar para o espelho e ver as olheiras e os hematomas no corpo, frutos do acidente citado anteriormente.


Nos últimos dois dias, ao dormir, acredito que a pergunta que mais martelava em minha cabeça era: Será que tudo isso vale a pena ?


Pois é, ás vezes penso um pouco á respeito, ai começo á relembrar o passado e logo a resposta aparece.


Á cinco anos atrás, não me imaginava correndo 10 quilômetros sem parar, talvez achasse aquilo uma jornada completamente fora dos limites da realidade....pelo menos para mim.


Aí comecei a correr aos poucos, depois comprei minha mountaim bike, a “bigorna”, ou simplesmente “biga” para os mais íntimos, e descobri que essa imensidão do nosso mundo esta sempre á espera para que possamos explorá-lo a cada dia.


A partir daí, fui fazendo trilhas, passeios, treinando e curtindo cada vez mais e quando penso em parar, olho lá atrás e vejo que aquele investimento valeu a pena, afinal aquele gordinho á cinco anos atrás não imaginava que hoje ele já teria completado 6 maratonas (conquistando o índice para a Maratona de Boston em uma delas), sendo uma Ultramaratona, conquistado 58 troféus e incontáveis medalhas, além de conhecer a Argentina, África do Sul, Nova Zelândia, além de 7 estados do nosso país e realizado os maiores sonhos de meu espírito aventureiro, como pular de pára-quedas, saltar de bungee jump, fazer rapel em cavernas, mergulhar com o tubarão branco, entre outros.


O que seria de nós se não sonhássemos?


Apesar de ter vivido tantas viagens, e principalmente ter convivido com tantas culturas diferentes, tenho sonhado tanto, pois a cada dia sei que inimaginável está logo ali adiante, esperando que batalhemos para chegarmos lá e principalmente adquirirmos uma nova conquista.


Tenho me esforçado bastante para me tornar um Iron Man, mas sei que daqui á 2 meses quando isto acontecer, vou me sentir ainda mais motivado e disposto a conquistar um desafio ainda maior, afinal procuro evitar o conformismo, pois desejo explorar cada vez mais, até porque a vida é muito curta para vivermos de qualquer outra maneira.


De todas essas realizações, tenho uma lista imensa e ela cresce á cada dia, então sei que não posso perder tempo e aproveitar essa vida maravilhosa que Deus me deu á cada segundo.


Vamos que vamos para o Iron Man, mas sem se acomodar, pois em Julho o desafio promete ser ainda maior, sempre sonhando em alcançar cada vez mais o inalcançável.


Semana que vem, dia 01/04/2012 mais uma Maratona para a lista....um treinão de luxo e tanto.



Obs: O cume do Aconcágua não sai da minha cabeça á anos.




Bons Treinos á todos e vamos curtir á beça.




segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

COPA SÃO PAULO DE MOUNTAIM BIKE 2012



No domingo dia 05/02 resolvi mudar um pouco a rotina de treinamentos, deixando de lado o Triathlon Internacional de Santos, para fazer algo que realmente me traz diversão.
Completamente saturado dos treinos para o Iron Man 2012, ou melhor dizendo, os que estou conseguindo fazer, pois meus dois empregos estão tirando tudo de min, resolvi mudar de ares, afinal, não suportava mais a mesmise de sempre, piscina, bike na estrada e corrida na rua. Todos os dias pensava comigo mesmo: Eu gosto disso, mas cadê a diversão????
Seguindo este princípio, resolvi partcipar da Copa São Paulo de Mountaim Bike em São Sebastião para relembrar os velhos tempos de bike, no qual me ralava, me sujava, me machucava, mas principalmente me divertia e sentia a adrenalina ferver meu sangue, rasgando minhas veias a cada novo instante de prova.


Como não conhecia o percurso, fui surpreendido ao encontrar um amigo do Guarujá antes da largada, sendo que este disse que estavámos prestes a encarar um dos circuitos mais casca grossa do Brasil.
Saindo de São Sebastião, iríamos até Salesopólis no interior, num circuito de 52 km, com "apenas" 22 km de subida de serra no começo só para "quebrar" os que lá estavam.
Não sei se as intermináveis subidas eram mais foda do que o calor que fazia, afinal, os termômetros da cidade indicavam 37 graus ás 11:00 da manhã.
Por volta do km 10, já estava sofrendo bastante, mas algumas descidas pequenas compensavam o sofrimento, que continuava logo em seguida. Algumas subidas chegavam á ser tão ingremes que quase todos os atletas empurravam suas bikes, tamanha a dificuldade do local.




Após uma eternidade de subidas, as plaquinhas ao lado da pista indicavam a "caveirinha", ou seja, dowhill pela frente. Com medo de me machucar para o Iron, além é claro da falta de técnica, desci as montanhas vagarosamente, mas quando tinha a oportunidade descia a lenha também.

Ao final, fechei o percurso hiper mal, com o tempo de 03:20:10...pegando a nona colocação, dentre 21 atletas na categoria Pró Master A.
Independente das inúmeras dores pelo corpo, fiquei super feliz por conquistar um nono lugar em meio á 21 "cavalos" do mountaim bike, mas o mais importante é que sei que fiz a escolha certa, afinal, ao invés de participar de uma prova de triathlon, o qual um monte de gente que ao invés de se unir em prol do esporte, fica desfilando suas bikes super caras e suas roupas multicoloridas se achando o máximo, participei de uma prova com um monte de atleta que está lá se ralando no circuito em mata fechada, se autodestruindo, mas acima de tudo sempre com a camaradagem de sempre e principalmente, se divertindo a cada novo obstáculo durante a prova.



Valeu caras..que venha a próxima "guerra".
E que venha o "IRON" também.







domingo, 15 de janeiro de 2012

CORRIDA INTERNACIONAL DE SÃO SILVESTRE 2011 - "O IMPOSTOR"



Olá pessoal, no último dia do ano que se passou, resolvi participar de minha última corrida do ano de forma diferente. Desta vez ao invés de correr fui até a Av. Paulista para prestigiar e tirar umas fotos da São Silvestre.
Como meu cunhado Carlos Leandro ia participar da prova, resolvi subir com ele para São Paulo, e resolvi acatar a sugestão dele que era a de levar um shorts e um par de tênis para lá.
Com a dedicação ao Iron Man 2012, no dia anterior tinha corrido 15 km em trilha e nadado 2 km, e já no sábado dia da prova pedalei cedo por 01 hora no rolo, afinal a chuva era intensa na baixada santista, mas ao chegar na Av. Paulista e ver aquela multidão aumentando á cada minuto, a vontade foi maior que o cansaço e mesmo sem inscrição resolvi fazer a prova á lá impostor.
Ficamos aguardando a largada por 2 horas e milagrosamente em trinta segundos antes da mesma a chuva começou para alegria de todos que lá estavam acredito eu.
Após a largada, tentei acompanhar meu cunhado e seguimos em frente, desbravando o novo percurso da prova, sendo que no segundo quilômetro a chuva se intensificou, e a sensação foi indescritível. O prazer de estar participando de uma prova super tradicional, com aquela chuva que conforme ia se intensificando, ia ficando cada vez melhor, além da felicidade não só pessoal, mas coletiva, afinal, para todos os lados que olhava, podíamos perceber que estávamos ao lado de 25.000 “crianças” se divertindo com aquela chuva toda.
Chegando na tal da brigadeiro, subimos de boa e depois descemos a mesma, parte do novo percurso e acabamos fechando a prova em 01:30:00. No final estava sem numero e como a retirada de medalha era feita com o mesmo, peguei o chip do meu cunhado e resolvi seguir os passos do “impostor”. Na primeira fila de retirada de medalha não consegui, mas na segunda fila, comecei a dizer que uma criança puxou meu numero na brigadeiro e conversa vai, conversa vem ela acabou cedendo.
Pronto, ganhei minha medalha sem pagar a inscrição. Sem que isto é errado, mas tenho certeza que isto não fará falta a yescon, que explora nós atletas cada vez mais.
Agradeço ao meu cunhado Carlos Leandro, por mais este dia inesquecível, além de minha família por mais um ano de apoio em todos os meus projetos, e principalmente á Deus por mais um ano de Saúde a sabedoria para seguir em frente.
Em 2012, vamos para o Iron Man Brasil ver o que vai dar. Não estou treinando como deveria, afinal tenho prioridades muito maiores em minha vida até porque não sou profissional, e deixo os treinos mirabolantes, dietas malucas, interminaveis discussões no facebook para eles, afinal eles precisam, pois eles vivem disso.... sou profissional em minha profissão e é nela que tenho que focar além do inicio da realização de um sonho de criança, o maior de todo eles, que é o começo da “BR2 PROJETOS”. Após muito planejamento, estudos e trabalho, estamos começando, sonhando muito alto, pois um pequeno tijolinho hoje, pode se tornar um grande edificio amanhã, o mais importante é que o pontapé inicial foi dado, e agora é só trabalho.
Voltando ao Iron Man, vamos dedicar na maneira do possível, pois como disse agora tenho dois empregos e o tempo agora é mínimo, mas vamos lá afinal tenho 17 horas para cruzar a linha de chegada, e nem que seja se arrastando vou tentar cruzar a mesma. Em Abril vou fazer a Maratona de Santiago no Chile e após o Iron, vamos ver quais serão as outras provas, talvez o Iron Man 70.3 em Penha, e vamos ver o que mais.
Estes dias estava dormindo e sonhei conversando com minha bikezinha de estrada, neste sonho maluco ela até falava, e sabe o que ela disse: - Cara, estou morrendo de vontade de escalar os Pirineus em 2012.
Bike maluca esta, mais ela sabe que o seu dono é mais maluco ainda.
Abraço á todos.
FELIZ 2012.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

AUCKLAND MARATHON - NEW ZEALAND






No último domingo de Outubro, dia 30/10/2011, tive o prazer de participar da Maratona de Auckland na Nova Zelândia.
Após assistir inúmeros programas de viagens na TV á cabo, ler livros e assistir filmes, rodados naquele país, a visita ao mesmo passou a ser um sonho para meu espírito aventureiro, afinal, aventura é o que não falta por lá.
Quatro horas de vôo até Santiago e mais dezesseis horas até a cidade de Auckland, além de acrescentar mais quinze horas devido ao fuso horário local. Como cheguei lá no sábado cedo e não podia fazer o check in no hotel, já emendei um passeio até a cratera de um vulcão inativo e na parte da tarede fui direto á feira para retirar meu kit, afinal era o último dia para isso.
Com muitos expositores, a feira era bacana e o kit também não deixava a desejar.
No dia seguinte, acordei ás 03:30 da manhã, afinal tínhamos que pegar uma balsa próxima ao local da chegada da prova.
Como previsto, ás 06:00 da manhã foi dada a largada para a prova de 42km, e alinhado á uma média de 4500 atletas, dei inicio á minha jornada rumo ao término de minha sexta maratona. O silêncio do local, me frustrou um pouco, pois como vinha da maratona de Buenos Aires e da ultramaratona Two Oceans na África do Sul, esperava uma grande festa, com muito incentivo da população e música por parte da organização, mas esta ficou devendo neste quesito.
Sem estudar o percurso da prova, não esperava o que vinha pela frente, e uma conversa com um amigo Russo que conheci horas antes da prova me preocupou um pouco, afinal ele não esperava um tempo bacana igual aos 03:40:11 que ele cravou na Maratona de Moscou pois subidas e mais subidas viriam pela frente, e já no segundo quilômetro de prova, encarei a primeira delas. Ainda meio frio, senti um pouco a subida, mas os quinze graus do local eram bastante agradáveis e ajudaram bastante.
Talvez a maior dificuldade enfrentada tenha sido a falta de apoio da população, afinal raramente se via alguém incentivando os atletas.
No quinto quilometro, consegui me aquecer legal, e as subidas já não incomodavam tanto, até porque tinha que me acostumar com elas, pois seguimos correndo pela cidade e encaramos subidas e descidas até o quilometro 19, quando chegamos ao litoral para toda a outra metade da prova no plano.
Em relação á hidratação, a organização atendia bem, fornecendo água, isotônico e refrigerante de 4 em 4 quilometros. Fechei os 21 km em 01:41:00, e o sol já começava a incomodar um pouco, mas talvez o maior adversário que encarei tenha sido o efeito Jet-leg, pois como estava apenas um dia no país, meu corpo e sono estavam totalmente desorientados com as 15 horas de diferença em relação ao Brasil.
Com o propósito de curtir a prova e terminar tranqüilo, estipulei a meta de fechar os 42km abaixo de 03:30:00, e fui mantendo um pace de 5 minutos por km, até o km 38 que acabei sentindo um pouco, mas continuei mais tranqüilo, afinal tinha uma gordurinha para queimar em relação ao meu objetivo, e acabei fechando á prova em 03:30:22.
Na linha de chegada, finalmente a empolgação da população animava, e a medalha também era bem bacana, além da entrega de frutas, isotônico e água á vontade.
Seguindo meu conceito de Maraturista, fiquei mais 10 dias no país para tentar explorá-lo ao máximo.
Além de Auckland conheci as cidades de Rotorua, Taupo e Queenstown. Realizei inúmeros passeios conhecendo reservas termais, vulcões, subindo de helicóptero ao pico de Alpes cobertos de gelo, peguei neve em um dia, pulei de bunguee jump, de para-quedas, desci corredeiras de rafting, além é claro de conhecer os cenários onde foram filmados os filmes: O Senhor dos Anéis, As Crônicas de Nárnia e o Último Samurai. Á todo instante você se sente personagem de uma pintura em um local fascinante.
Para todos os Maraturistas, assim como eu, indico á viagem á Nova Zelândia não só para correr a Maratona de Auckland, afinal, alem da corrida até agora não estou acreditando no que meus olhos presenciaram, pois chamar aquele país de Paraíso, seria uma injustiça com um local que é muito mais belo do que isto.
Agradeço á todos que me apoiaram e me aturaram o ano todo, e deixo um grande abraço á todos os amigos que fiz nesta viagem: O casal da Malasia, o corredor Russo que acabou ficando na corrida, a Sul Coreana dona do restaurante em Taupo pelas boas risadas, o também Sul Coreano Are (grande amigo que conheci em Milford Sound), o Australiano Joe (por me assustar mais ainda no salto de para-quedas – que Ozzy maluco), todos os Neo-Zelandeses que conheci (que me ensinaram que a vida é uma aventura constante e temos que superar nossos medos e limites a cada novo dia – aprendi muito com esses caras), ao Huru (um legitimo Maori), á todos os brasileiros que conheci principalmente o maluco do Mauricio (instrutor de Pára-quedas), e em especial ao chileno Ivo (grande amigo - pelo passeio nos cenários dos Senhor dos Anéis e pela cerveja em sua casa no final do dia – em Abril/2012 nos vemos em Santiago).
Ano que vem que venha a Maratona de Santiago (Chile) em abril, Iron Man Brasil em Maio e talvez uma prova na Europa, para tentar conhecer o quarto continente de minha vida.
Ao final do ano talvez pare com o triathlon por um ano para a realização de um sonho muito maior que o Iron Man....escalar o Aconcágua....vamos ver o que Deus reserva até lá.
FAÇAM O BEM UNS AOS OUTROS.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

NOVA ZELÂNDIA - PARTE 2