AUCKLAND MARATHON - NEW ZEALAND
No último domingo de Outubro, dia 30/10/2011, tive o prazer de participar da Maratona de Auckland na Nova Zelândia.
Após assistir inúmeros programas de viagens na TV á cabo, ler livros e assistir filmes, rodados naquele país, a visita ao mesmo passou a ser um sonho para meu espírito aventureiro, afinal, aventura é o que não falta por lá.
Quatro horas de vôo até Santiago e mais dezesseis horas até a cidade de Auckland, além de acrescentar mais quinze horas devido ao fuso horário local. Como cheguei lá no sábado cedo e não podia fazer o check in no hotel, já emendei um passeio até a cratera de um vulcão inativo e na parte da tarede fui direto á feira para retirar meu kit, afinal era o último dia para isso.
Com muitos expositores, a feira era bacana e o kit também não deixava a desejar.
No dia seguinte, acordei ás 03:30 da manhã, afinal tínhamos que pegar uma balsa próxima ao local da chegada da prova.
Como previsto, ás 06:00 da manhã foi dada a largada para a prova de 42km, e alinhado á uma média de 4500 atletas, dei inicio á minha jornada rumo ao término de minha sexta maratona. O silêncio do local, me frustrou um pouco, pois como vinha da maratona de Buenos Aires e da ultramaratona Two Oceans na África do Sul, esperava uma grande festa, com muito incentivo da população e música por parte da organização, mas esta ficou devendo neste quesito.
Sem estudar o percurso da prova, não esperava o que vinha pela frente, e uma conversa com um amigo Russo que conheci horas antes da prova me preocupou um pouco, afinal ele não esperava um tempo bacana igual aos 03:40:11 que ele cravou na Maratona de Moscou pois subidas e mais subidas viriam pela frente, e já no segundo quilômetro de prova, encarei a primeira delas. Ainda meio frio, senti um pouco a subida, mas os quinze graus do local eram bastante agradáveis e ajudaram bastante.
Talvez a maior dificuldade enfrentada tenha sido a falta de apoio da população, afinal raramente se via alguém incentivando os atletas.
No quinto quilometro, consegui me aquecer legal, e as subidas já não incomodavam tanto, até porque tinha que me acostumar com elas, pois seguimos correndo pela cidade e encaramos subidas e descidas até o quilometro 19, quando chegamos ao litoral para toda a outra metade da prova no plano.
Em relação á hidratação, a organização atendia bem, fornecendo água, isotônico e refrigerante de 4 em 4 quilometros. Fechei os 21 km em 01:41:00, e o sol já começava a incomodar um pouco, mas talvez o maior adversário que encarei tenha sido o efeito Jet-leg, pois como estava apenas um dia no país, meu corpo e sono estavam totalmente desorientados com as 15 horas de diferença em relação ao Brasil.
Com o propósito de curtir a prova e terminar tranqüilo, estipulei a meta de fechar os 42km abaixo de 03:30:00, e fui mantendo um pace de 5 minutos por km, até o km 38 que acabei sentindo um pouco, mas continuei mais tranqüilo, afinal tinha uma gordurinha para queimar em relação ao meu objetivo, e acabei fechando á prova em 03:30:22.
Na linha de chegada, finalmente a empolgação da população animava, e a medalha também era bem bacana, além da entrega de frutas, isotônico e água á vontade.
Seguindo meu conceito de Maraturista, fiquei mais 10 dias no país para tentar explorá-lo ao máximo.
Além de Auckland conheci as cidades de Rotorua, Taupo e Queenstown. Realizei inúmeros passeios conhecendo reservas termais, vulcões, subindo de helicóptero ao pico de Alpes cobertos de gelo, peguei neve em um dia, pulei de bunguee jump, de para-quedas, desci corredeiras de rafting, além é claro de conhecer os cenários onde foram filmados os filmes: O Senhor dos Anéis, As Crônicas de Nárnia e o Último Samurai. Á todo instante você se sente personagem de uma pintura em um local fascinante.
Para todos os Maraturistas, assim como eu, indico á viagem á Nova Zelândia não só para correr a Maratona de Auckland, afinal, alem da corrida até agora não estou acreditando no que meus olhos presenciaram, pois chamar aquele país de Paraíso, seria uma injustiça com um local que é muito mais belo do que isto.
Agradeço á todos que me apoiaram e me aturaram o ano todo, e deixo um grande abraço á todos os amigos que fiz nesta viagem: O casal da Malasia, o corredor Russo que acabou ficando na corrida, a Sul Coreana dona do restaurante em Taupo pelas boas risadas, o também Sul Coreano Are (grande amigo que conheci em Milford Sound), o Australiano Joe (por me assustar mais ainda no salto de para-quedas – que Ozzy maluco), todos os Neo-Zelandeses que conheci (que me ensinaram que a vida é uma aventura constante e temos que superar nossos medos e limites a cada novo dia – aprendi muito com esses caras), ao Huru (um legitimo Maori), á todos os brasileiros que conheci principalmente o maluco do Mauricio (instrutor de Pára-quedas), e em especial ao chileno Ivo (grande amigo - pelo passeio nos cenários dos Senhor dos Anéis e pela cerveja em sua casa no final do dia – em Abril/2012 nos vemos em Santiago).
Ano que vem que venha a Maratona de Santiago (Chile) em abril, Iron Man Brasil em Maio e talvez uma prova na Europa, para tentar conhecer o quarto continente de minha vida.
Ao final do ano talvez pare com o triathlon por um ano para a realização de um sonho muito maior que o Iron Man....escalar o Aconcágua....vamos ver o que Deus reserva até lá.
FAÇAM O BEM UNS AOS OUTROS.